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Comissão do Senado anuncia visitas para examinar condição de venezuelanos atendidos pela Operação Acolhida em Roraima

Damares fez anúncios logo após assumir presidência da CDH – Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) vai fazer uma série de diligências nos próximos dois anos para acompanhar a situação de migrantes, indígenas, detentos, mulheres e crianças. Roraima deve receber as primeiras vistas externas da CDH. Os senadores devem examinar a condição dos refugiados venezuelanos atendidos pela Operação Acolhida e do povo Yanomami.

O anúncio foi feito pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), eleita presidente do colegiado na quarta-feira (19).

“Acho que uma das primeiras diligências deve ser a Operação Acolhida. Estamos com notícias de crianças atravessando a fronteira sozinhas e pessoas com deficiência já há algum tempo morando nas tendas da Operação Acolhida. E, também, uma diligência à área Yanomami para a gente ver o que está acontecendo, trazer os avanços do atual governo e em que mais precisamos de melhorar na região. Eu acho que seriam duas diligências muito importantes”, disse Damares Alves.

Venezuelanos

As diligências a Roraima foram sugeridas pelo senador Dr. Hiran (PP-RR). Para o parlamentar, a entrada de venezuelanos no Estado representa “um dos maiores êxodos da história”.

“Aquele governo [da Venezuela] causou e causa sofrimento de cerca de oito milhões de pessoas que vagam em situação de absoluta vulnerabilidade pelo mundo. No nosso Estado, os venezuelanos já são 10% da população. Eles são acolhidos por todos nós, mas sobrecarregam nosso sistema de saúde, de educação, de segurança, sem nenhuma contrapartida do governo federal”, afirmou o senador.

Yanomami

No caso dos povos indígenas, Dr. Hiran criticou o modelo de atenção às comunidades adotado pela União. Em 2023, o parlamentar foi o relator de uma comissão temporária externa criada para acompanhar o impacto do garimpo sobre as terras Yanomami.

“Dizia-se que era culpa do governo anterior, mas provamos que aquele modelo que se estabeleceu de atenção às comunidades indígenas é inadequado, e nós precisamos aperfeiçoá-lo. Precisamos fazer diligências, trabalhos e proposições que possam mitigar o sofrimento daquelas pessoas.”

Presídios

Outro alvo da CDH nos próximos dois anos deve ser a comunidade carcerária. De acordo com Damares Alves, a comissão realizará diligências em presídios, em parceria com a Comissão de Segurança Pública (CSP).

“Queremos ver como está a questão da pessoa com deficiência no cárcere, do idoso no cárcere, da mulher no cárcere. Queremos dialogar com o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura”, ressaltou.

A vice-presidente da CDH, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), elogiou a iniciativa. Ela alertou para os desafios que as pessoas com deficiência enfrentam nos presídios brasileiros.

“Esse sempre foi um tema que me intrigou, e eu comecei a fazer palestras em presídios. As pessoas com deficiência que entram no presídio acabam perdendo o BCP [Benefício de Prestação Continuada]. Um cadeirante não pode ir ao pátio porque os outros detentos pegam as cadeiras [de rodas] para que elas virem arma. Um recém-preso levantou o pé e falou assim: ‘Um rato comeu o meu dedão essa noite’. É assim que vivem as pessoas com deficiência dentro de um presídio”, lamentou Mara Gabrilli.

Crianças

Damares Alves anunciou ainda que a CDH deve promover debates e votar projetos relacionados a pessoas com doenças raras, mulheres e idosos. Mas destacou que a comissão vai dar atenção especial às crianças.

“Esta vai ser a Casa das crianças. Vamos lotar este Senado de crianças, colocar fraldário nos corredores, ter chocalho no Plenário, brinquedo nas comissões. As crianças vão invadir o Senado! Quero brinquedo nos gabinetes, quero senadores contando historinha, cantando música infantil. As crianças terão prioridade — disse.

Com informações da Agência Senado

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