Times exibiram durante campeonatos locais ‘Helena Deputada Federal’ em camisas e redes sociais – Fotos: Reprodução/ Hélio Garcias/BV Esportes

O uso de clubes de futebol como meio de promoção pessoal por parte da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) voltou ao centro do debate público após a operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (30), que investiga a parlamentar por suspeita de compra de votos. As ações de autopromoção ocorreram por meio do patrocínio de times locais, com a exibição de seu nome e cargo público em uniformes e materiais de divulgação.

Times como o Grêmio Atlético Sampaio (GAS), bicampeão estadual, e o Atlético Roraima exibiram “Helena Deputada Federal” em locais de destaque nas camisas. A iniciativa foi viabilizada pelas empresas Asatur e Voare, pertencentes à família de Helena.

Juristas apontam que a exposição direta da imagem da parlamentar pode configurar abuso de poder econômico.

“A legislação permite patrocínios empresariais, mas não o uso direto da identidade de um agente político no lugar da marca. Isso cria desequilíbrio e favorecimento”, explica o constitucionalista Guilherme Barcelos.

Após reportagens denunciarem a prática, os clubes retiraram as marcas das camisas. Apesar disso, o Atlético Roraima atualmente ostenta os nomes de outros políticos, o que sugere um padrão na condução dos patrocínios.

Helena e seu marido também contribuíram para a revitalização do GAS, e o envolvimento da deputada com o esporte roraimense foi destacado por Samir Xaud, presidente da CBF, durante a premiação do Campeonato Estadual. Ambos são do MDB de Roraima e foram alvos da mesma operação.

Com informações de O Globo