Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Operação conjunta interdita empresa suspeita de fraude na contratação de consórcios em Boa Vista

Interdição da empresa foi feita administrativamente pelo Procon – Foto: Andrezza Mariot/Semuc

Uma empresa suspeita de aplicar golpes ao induzir consumidores ao erro em contratos de consórcio foi interditada em Boa Vista, nesta quarta-feira (19), durante uma operação conjunta da Delegacia de Defesa do Consumidor (DDCON), Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) e Guarda Civil Municipal (GCM).

Segundo o adjunto da delegacia, Eduardo Patrício, que preside as investigações, a empresa atuava como uma suposta intermediadora de consórcios.

“A prática era induzir os consumidores a erro, fazendo-os acreditar que estavam contratando um financiamento, quando, na verdade, estavam assinando um contrato de consórcio”, afirmou Patrício, acrescentando que ela se apropriava de quase 95% dos valores pagos como entrada pelos clientes.

Durante as investigações, constatou-se que a empresa não possui nenhum vínculo ou contrato com as administradoras de consórcio mencionadas nos contratos.

A DDCON trabalha com base no registro de 20 boletins de ocorrência de vítimas que procuraram a Polícia Civil, e as investigações estão em fase de conclusão.

“Estimamos que o faturamento dessa empresa, somente com os valores de entrada pagos pelos clientes, esteja entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão”, revelou o delegado.

A empresa atua desde 2021 e, para dificultar o rastreamento, vinha mudando o CNPJ.

Foi identificado também que os contratos com as administradoras de consórcio não eram confirmados pelos próprios clientes.

“Foram repassados dados que não pertenciam a eles, e terceiros acabaram confirmando esses contratos junto às administradoras”, explicou Patrício.

Para evitar cair em golpes semelhantes, o delegado orienta os consumidores a realizarem contratos diretamente com as administradoras de consórcio.

“A pessoa deve entrar em contato com a própria administradora e não com intermediários”, aconselhou. Ele também recomenda verificar no site do Banco Central se a empresa é realmente uma administradora de consórcio autorizada a comercializar cotas.

A interdição da empresa foi feita administrativamente pelo Procon. Ela tem prazo para recorrer da decisão tanto na esfera administrativa quanto judicial.

“A investigação criminal continua aqui na DDCON e está em fase de finalização, podendo resultar em indiciamento dos envolvidos”, concluiu Patrício.

Comente o que achou:

Veja Mais
Redes Sociais
Fale conosco

comercial@partiuroraima.com.br